É uma inquietude do corpo movido por essas sensações agudas, pequenas angústias; é uma dança interna, orgânica, imperceptível aos olhos alheios.
Uma fila de certezas opostas que se sobrepõe, dando voltas em si - coisa de serpente.
Ajudam muito aquelas sensações que descobri quando fui atropelada: sensações do inevitável. Os milésimos de segundo nos quais você percebe o carro tão próximo, tão próximo, antes da pancada quente que vem a seguir.
A aceitação sem resistência, vulnerável, aceitação sem aceitação alguma, vulnerável.
O momento seguinte perdido num tempo cíclico em que você está rente ao chão, antes que alguém possa se aproximar - a mente, pega de surpresa, silencia e permite ao corpo entender aquela pulsação imensa, que até então não é dor, é pura e simplesmente energia.
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A aceitação sem resistência, vulnerável, aceitação sem aceitação alguma, vulnerável.
O momento seguinte perdido num tempo cíclico em que você está rente ao chão, antes que alguém possa se aproximar - a mente, pega de surpresa, silencia e permite ao corpo entender aquela pulsação imensa, que até então não é dor, é pura e simplesmente energia.
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E o meu mundo se reconstrói, aquele da vida sem mistificação, aquele em que viver é uma ordem.
Eu quase me surpreendo e me conforto com minhas regras rígidas e práticas para a vida emocional e sigo sozinha pelo século XIX.
6 comentários:
O beco do Bandeira continua lindo;
mas não tem mais a ver com o momento, né?
Provavelmente se ocorrer novo atropelo as sensações serão outras, nao tão intensas.
Hahaha!
Pois é, mas agora ando bem precavida. Demoro até 10 minutos para atravessar uma rua.
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De qualquer forma a coisa era meio metafórica, né?
Pois então.
Fora da metáfora, o sangue, a dor... não é bem, legal.
Legal é juntar nós duas sonadas, conversando, tentando atravessar a Rhodia.
Ah, pensava que toda essa reflexão tinha surgido dum acidente de carro real, rs.
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Mesmo que toda mudança e inovação de pensamento é tipo como um acidente que te tira da rota costumeira. (;
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