Escuta o gazal que fiz,
darling, em louvor de Hafiz:
- Poeta de Chiraz, teu verso
tuas mágoas e as minhas diz.
Pois no mistério do mundo
também me sinto infeliz.
Falaste: "Amarei constante
aquela que não me quis".
E as filhas de Samarcanda,
cameleiros e sufis
Ainda repetem os cantos
em que choras e sorris.
As bem-amadas ingratas
são pó; tu vives, Hafiz!
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Coragem
"- Essa valentia, de que fala Gauna, carece de importância. O que um homem deve ter é uma espécie de generosidade filosófica, um certo fatalismo, que lhe permita estar sempre disposto, como um cavalheiro, a perder tudo a qualquer momento."
O sonho dos heróis.
ABCasares.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
a nível de registro
(contatos de quarto grau ou ineditismos)
saber-me deliciosamente enjaulada num mundo de sentidos
a realidade que se esvai brusca, cai com violência no abismo
as linhas do antes e depois dissolvidas como por química, por cor
restam essas substâncias, sensações em ondas
num cenário apequenado, fora de foco
sem atores, sem nomes
jornada perdida numa existência qualquer
curioso entender, após, as possibilidades do prazer na vida natural
e não falo de apoteose ou comunhão
mas do toque no meu rosto e do olhar que o acompanhou
saber-me deliciosamente enjaulada num mundo de sentidos
a realidade que se esvai brusca, cai com violência no abismo
as linhas do antes e depois dissolvidas como por química, por cor
restam essas substâncias, sensações em ondas
num cenário apequenado, fora de foco
sem atores, sem nomes
jornada perdida numa existência qualquer
curioso entender, após, as possibilidades do prazer na vida natural
e não falo de apoteose ou comunhão
mas do toque no meu rosto e do olhar que o acompanhou
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